Este projeto reflete uma abordagem artística que nasce da experimentação e de um processo intuitivo, onde a descoberta vem da interação entre materiais e ideias. Sem seguir um caminho rígido, o trabalho vai ganhando forma de maneira natural, explorando relações entre memória e espaço. Inspirado nas grelhas fotográficas de Hilla e Bernd Becher, o formato em grelha aqui serve como uma espécie de "mapa" de um passado industrial esquecido, reinterpretado na prática artística.

Um detalhe importante neste projeto é o uso de embalagens de cartão do dia-a-dia como base para as matrizes de impressão. Essa escolha vai além de uma questão técnica; é também uma forma de dar novo sentido a materiais comuns, tornando-os parte do trabalho artístico. Trabalhar com o que está ao meu redor não é só uma solução prática, mas uma parte essencial do meu processo criativo.

Assim, o projeto não se limita a criar imagens fixas; envolve um compromisso com a experimentação e com a busca de novas formas de interpretação. É um processo em constante mudança, aberto ao inesperado, que transforma tanto os materiais quanto as ideias e o próprio conceito artístico.